Sunday, November 25, 2007

dois anos depois

é, um tipo de retorno, acho eu.
tinha deixado os vestígios virtuais do imakinaria no ar porque nunca se sabe.
de repente me ocorreu que nem tudo que quero escrever precisa ser postado num dos blogs com metáfora de movimento que andei criando em tempos mais recentes.
pode ser que eu aproveite esse aqui só pra jogar conversa fora, mesmo.
levanta-te, Lázaro, e tudo mais.
paz.

Friday, November 25, 2005


Inteira. Posted by Picasa

Wednesday, November 23, 2005


Preview. Posted by Picasa

Finalizada. Posted by Picasa

Wednesday, September 28, 2005

Rapidíssimo.

Depois de um longo e tenebroso inverno e coisas assim, decidi anunciar o que venho fazendo desde, deixa eu ver... domingo, acho.
O Hector, que sempre me empurra pra lugares em que eu gostaria de estar mas não sabia, é novamente o responsável por isso:
A nova casa de nosso bloguezinho de sempre em que vou continuar fazendo as mesmas coisas, desde me lamentar sobre as histórias em quadrinhos medícores até publicar meus próprios roteirozinhos medíocres e a arte deslumbrante do Léo...
Outros animais podem surgir por lá, por se tratar de um espaço bem mais interessante do que este aqui, que ficou limitado faz tempo. Tempo, aliás, é o segredo pra fazer da nova casa do Imakinaria um lugar melhor. Vou fuçando e aprendendo todos os dias como fazer melhor e isso já é um tipo de recompensa.
Vá lá ver.
E, claro, agora tem espaço pra comentários, olha só!!!

Monday, September 26, 2005

Memória.

Fiz ontem.
Capaz de ainda passar por uma revisão ou duas.
Vai lendo:
CÁPSULAS
“CIDADE”
A.Moraes

Painel 1;
Vista aérea de uma cidade industrial. Sim, pense no pé da serra e em suas refinarias de aço e petróleo e acrescente em algum ponto a paisagem achatada de casas e prédios baixos. Minha cidade.

RECORDATÓRIO: Ver a cidade da Serra causa uma impressão diversa de estar inserido nela.

RECORDATÓRIO: Do alto parece tão pequena e inofensiva quanto um chip de computador sobre feltro verde.

Painel 2;
A mesma paisagem plana mostrada de uma altura normal, agora, o e elemento humano aparece. Pessoas de várias cores e tamanhos se deslocam pelas ruas.

RECORDATÓRIO: Não que seja mais ameaçadora e perigosa do que qualquer cidade similar a ela.

RECORDATÓRIO: É só que adquire uma nova dimensão, ganha uma importância afetiva até então ausente.

Painel 3;
Uma família (pai, mãe, oito filhos que vão de adolescentes a um menino de colo) parada num terminal rodoviário, com bagagem de mão rodeando-a.

RECORDATÓRIO: Quando chegamos, fugindo da privação, a paisagem coberta de bruma química foi rapidamente esquecida.

RECORDATÓRIO: Sem mais embaraço, nos aceitamos mutuamente.

Painel 4;
Aqui vemos as crianças brincando numa rua de terra batida com casas de madeira e alvenaria em suas laterais e, ao fundo, em segundo plano, a mata atlântica.

RECORDATÓRIO: Uma das curiosidades a respeito da cidade são os bolsões de mata verdejante que existem, aparentemente, pra facilitar a transição dos migrantes.

Painel 5;
Meninos mais velhos subindo nas árvores que estavam em segundo plano no painel anterior e rindo dos menores que ainda não podem segui-los. As casas que apareceram antes estão agora em segundo plano.

RECORDATÓRIO: Oriundos das regiões mais diversas, nos apossamos desses santuários vicejantes e, crianças que éramos, fizemos deles nossos parques privativos...

Painel 6;
Os meninos jogam bola num campinho de terra com traves de madeira... só que as traves são irregulares por serem troncos de árvores do mangue e a mata, onipresente, cerca tudo... percebi, agora, que é a segunda história com futebol... um padrão?

RECORDATÓRIO: ...nossos ginásios e campos de futebol.

RECORDATÓRIO: Espremíamos o prazer de todas as oportunidades que o pouco dinheiro permitia.

Painel 7;
Do outro lado do bairro, no rio, os mesmos meninos dos últimos painéis nadam. Um porto feito de madeira do mangue serve como trampolim improvisado. Um menino solitário balança as pernas no ar, sentado em sua beirada.

RECORDATÓRIO: Até hoje não sei o quanto me afetou crescer num lugar assim, rural e urbano, contendo ambientes auto-excludentes, que não se coadunavam.

Painel 8;
Numa cachoeira, o menino do porto, agora adolescente, se curva sobre uma pedra regada pela torrente e observa uma flor que cresce nela.

RECORDATÓRIO: A disparidade de aço-concreto, como uma lâmina atravessando o corpo da floresta, me incomodou por um tempo.

RECORDATÓRIO: Até que vi uma coisa que mudou isso.

Painel 9;
Aqui, quase uma sobreposição do que é mostrado no painel anterior... faça-o de um jeito que no lugar da torrente de água a gente veja uma torrente de fagulhas na refinaria... substitua o menino por um operário que observa fascinado uma flor crescendo no concreto trincado... coisas assim, coisas assim.

RECORDATÓRIO: Minha memória racial, arcaica, se negava a aceitar a dualidade.

RECORDATÓRIO: Descobri, no entanto, que tudo é vida, mesmo as partes dela que me desagradavam.

RECORDATÓRIO: Mesmo o concreto e o aço.

FIM.

Saturday, September 24, 2005

Oculto.

Ou ignorado.
Nessa altura a diferença é mínima.
O novo exercício a que me dedico enquanto em trânsito é encontrar inversões viáveis pra conceitos aparentemente positivos. Resultados engraçados e, apesar disso, não cômicos.
A tendência normal na hora de formular uma inversão qualquer é dizer que a "ausência de tal coisa" é sua antonímia. Mas se se pensar direito percebesse que a ausência é vazia. Daí cai-se no binômio forma/vazio.
Hoje, por exemplo, tomando café com os amigos tive um pensamento nerd: "O Flash reverso deveria ser uma estátua!!!" É um exemplo do que eu disse, com a ausência fazendo o papel do inverso.
Antivelocidade? Que diabo seria isso senão a inércia?
Só pense. Não fale alto, sequer murmure. Ouça as engrenagens girando lentas e definitivamente.
O oculto é aquilo que está escondido, que não se sabe. E o que não se sabe é ignorado. Por ignorância milhares de pessoas foram queimadas em tempos mais obscuros. Hoje em dia abririam suas próprias farmácias homeopáticas, tão na moda, e não dependeriam de nenhum senhor feudal pra viver.
Coisas, coisinhas, etc.

BATALHA SEM FIM Posted by Picasa

Friday, September 23, 2005

Femmes.

Tenha em mente que:
a) estou funcionando continuamente desde 'as 4:45 da manhã;
b) minha preocupação com a coerência foi deixada na estrada quilômetros, melhor, anos-luz atrás.
Pitadas de sal e condimentos a seu gosto podem ser utilizados na adulteração do sabor do que está por vir.
Assim:
Depois de passar um tempo considerável ignorando o Orkut com alguma veemência, estive fuçando as possibilidades do site como mecanismo pra encontrar pessoas desaparecidas. O resultado foi desalentador, mas, por obra do binômio Caos/acaso, redundei no site da Editora Nona Arte.
Descobri no link novidades uma história que escrevi há tempo suficiente pra não me identificar mais com o momento de produção dela e que foi ilustrada por nosso próprio Moebius caseiro, o sr. Jairo Rodrigues. O título é CHERCHEZ LA FEMME e é tudo que posso dizer sem estragar qualquer eventual surpresa.
Sim, claro, o fato de estar empregando linguagem um tanto mais empolada do que a costumeira está diretamente relacionado 'a leitura de meu livro favorito do momento, JONATHAN STRANGE & MR. NORRELL, de Susana Clarke.
Mulherzinha surpreendente, devo dizer.
O que me atraiu a seu campo de influência foi o título de seu livro e uma visita ao site oficial do mesmo. Lá encontrei as costumeiras FAQ e li com curiosidade até o ponto em que a sra.Clarke fala de seus livros preferidos.
Entre eles WATCHMEN.
Desnecessário acrescentar que já tinha sido fisgado, não?
Além disso, hoje acalentei uma chama que há muito vinha sendo relegada ao esquecimento, talvez devido a meu firme propósito de ser um homem mais pacífico do que fui anteriormente.
Pra minha infelicidade, descobri que a dita chama deve ter manutenção regular ou me arrisco a perder toda a vontade de produzir e produzir com qualidade.
Então, enquanto você se prepara pra dormir, alimento o fogo e tento mantê-lo brando, contido, mas ainda assim animado o bastante pra me fazer voltar pra mais.
Depois, é óbvio (sem anão de jardim).