Monday, May 30, 2005

Ride my column, prepare your eyes.

25/4/01


Siga o link e veja com seus próprios olhos do que ando falando ultimamente. Li isso quando foi publicado originalmente e deletei a informação assim, num piscar de olhos desse fundo vermelho.

Stream.

O tempo que perdi deixando de usar a tecnologia infernética pra ler coisas que não me são familiares dificilmente será recuperado, uma vez que o Frank é comunitário e fico com ele no máximo um par de horas por dia. Ainda assim consigo espremer material que me interessa da rede, peixes dourados binários, esturjões e, de quando em vez, um ou outro tubarão.
As ovas a que me refiro no presente momento são de ordem elevadíssima, do tipo mais apreciado na cozinha de minha consciência inconsciente. Até cheguei a falar disso com algumas pessoas. Noutro dia, por nenhum motivo aparente, acordei com um nome martelando na cabeça e, também por motivo desconhecido, não o esqueci. Mais tarde dei uma busca no google e descobri que o dono do supra, o indivíduo, existe e escreve. Logo, concluí que devo ter lido a respeito do sujeito em algum lugar e a informação ficou armazenada por um tempo e depois emergiu, como tantas outras coisas que acontecem não coincidentemente, nunca coincidentemente.
O assunto sobre o o qual o dito cujo, vulgo Ken Wilber, escreve, é um dos que muito me interessa. Pelo pouco que li de seus textos na rede, percebi que ele faz uma versão mais ampla do mesmo trabalho que o velho RAW faz, fez, sobre imprints de personalidade. Exceto que ele os chama de memes e os classifica numa escala cromática. Tudo muito bem, tudo muito bom. Li o fragmento referido ontem e, poucas horas antes, lendo INFINITO, peguei um resuminho que mr.Dyson fez do que seria um meme baseando-se em Dawkins, que cunhou a palavra originalmente. Um meme é a versão do mundo inteligível de um gene. Wilber aplica o conceito num nível tantinho diferenciado do original, mas tudo ainda está ali. É como se diz por aí: uma molécula transcende um átomo, mas o átomo ainda faz parte da molécula.
Mais conforme os progressos ocorrerem.
Próxima parada: Yasuhiko Kimura.

Saturday, May 28, 2005

Continuidades e continuísmos.

Isso aí de cima.
Lendo INFINITO EM TODAS AS DIREÇÕES encontrei a terceira ocorrência da ultimíssima sincronicidade não tão apavorante e descolei, meio sem querer, uma explicação presse Cristo Dioniso.
As bodas de Canaã. Quer dizer, posso até estar forçando a barra aqui, mas foi a única coisa que me ocorreu. Um é a divindade do vinho e da alegria, o outro transformou água em vinho numa ocasião específica.
Desisti dos quadrinhos.
Quer dizer, vou continuar lendo de tudo um pouco, mas quero evitar as historinhas de super-heróis. Chega de tanto escapismo. A última gota dágua foi esse mês. Tantas possibilidades, tanto papel desperdiçado.
Chega desse gênero de escapismo.
Me abasteci, em conseqüência, com toda a literatura de aventura em que pude colocar as mãos. Juntei minha própria Liga Extraordinária. Lê-la-ei.
Entre coisas lidas recentemente, um artigo de Michio Kaku despertou minha curiosidade e ligou a atenção pruma série de outras ocorrências paralelas, recorrentes, sobre um mesmo assunto.
Aproposta de fuga do universo macroscópico através de uma rota microscópica é interessantíssima porque exemplifica duas tendências científicas assinaladas pelo próprio sr.Dyson: dos unificadores e dos diversificadores.
Voltando aos quadrinhos, só resta dizer que mangás como Blade, Lobo e One Piece continuam na lista de compras, acompanhados de alguns itens da Bonnelli (Julia, Mágico Vento)e o novo Aquablue.
Obrigado pela diversidade, força desconhecida que ordena o universo.
Coincidência?

Monday, May 23, 2005

iComics.com, resenhas de quadrinhos do tipo que não se vê por aqui.

iComics.com

Depois de experimentar a opinião e tomar conhecimento do trabalho de Seth, faça um favor a si mesmo e corra o cursor pela barra de links na lateral 'a sua direita da tela pra ver um pouco de VARIEDADE, pelamordedeus. Começo a ficar ojerizado com tanto super-herói nas bancas.

Sunday, May 22, 2005

Sincronicidades não são para comer.

Ontem:

Estava no ponto de costume da vespertina sabadeira trocando idéias a respeito da diferença entre corpo, alma e espírito com o especialista de plantão e começou o rollercoaster que continua e continua indefinidamente. O livro DIONISO CRUCIFICADO de Per John (que o especialista está lendo) chamou minha atenção por causa da capa, folheei e encontrei uma carta do autor, de próprio punho, dentro. Nela uma referência a Alan Kardec, que, pelo que me consta, reintroduziu o vocábulo "espírito" com a criação/postulação de sua doutrina.

Mais tarde, quando na livraria (em que comprei meu exemplar de mais um brilhante esforço do ex-coletivo Luther Blisset atual Wu Ming), fui atendido por um vendedor chamado Crystos Diyonisus.

Pô, é foda.

Tem outras coisas do mesmo tipo rolando o tempo todo e minha atenção parece ter sido religada de repente por que tô conseguindo detectar todo tipo de esquisitice novamente.

A minha própria e privativa "era das trevas" dá sinal de estar se dispersando.

Atribuo isso 'a percepção que volta e que se encontrava toldada por fluídos mefíticos de esferas inferiores com que estive em contato recentemente e, Aleluia!, foram purgadas com eficácia puritana pelos encantamentos brancos do novo pontifex que habita a mente coletiva do que chamamos de humanidade mas não passa de um coletivo de vermes chafurdando na putrefação ambiente.

Enfim, antes que o trem do juízo saia completamente dos trilhos, deixo aqui minha:

Boa-noite.

Wednesday, May 18, 2005

Meia-noite passada.

Porque passa da meia-noite e essa é toda explicação de que cê precisa. Pelo menos hoje.

Sem nenhuma razão particular de repente me senti no mood de prolongar um pouco mais a maratona de escritura iniciada lá pelas 23hs com a quota diária da produção ficcional e estender-me por um par de minutos por aqui.

Contente e satisfeito por saber que quem merece tá sendo reconhecido e ainda movido demais por minha própria e monumental preguiça pra querer ver o mesmo acontecendo com meu trampo. Deve ter uma ou duas qualidades naquilo que faço, mas não tenho a menor vontade de me aborrecer tanto quanto os caras supra se dispõem pra publicar qualquer trabalho meu.

É o que a gente chama de força de vontade. Esses caras têm. A minha deixei numa gaveta do criado mudo com um buraco de minhoca invisível que a abocanhou pra outro nível de existência. Pelo menos até setembro não tenho nada programado pra recuperá-la. Vamo ver se até lá alguma sonda interdimensional encontra essa bagaça perdida etraz de volta.

Ando pensando em voltar a deitar falação a respeito da escritura de roteiros de historinhas, mas me sinto mais afeito a continuar minha labuta com a história nova de minha própria lavra, nem que seja pra trinta e poucas pessoas darem uma olhadinha básica.

Falando nisso, indo ao http://midraxe.yahoogroups.com.br ou algo assim (correção eventual de link) você pode ler a nova peça em prosa agora completada ESCALDADO NO FOGO DO INFERNO. Tô considerando isso quase como fanfiction do HELLBLAZER, mas não é nada com uma mitologia complicada demais pra se seguir como o original. O narrador sem nome é até um sujeito boa praça, se é que alguém ainda usa esse tipo de expressão.

CHALAÇA, de André Diniz e Antonio Eder, pela Conrad.

:: HQM � HQMANIACS ::

Surpresa! Talento reconhecido, afinal!

Tuesday, May 17, 2005

Resenha.

Saiu "na gringa" como diz o Hector:

http://www.brokenfrontier.com/reviews/details.php?id=306

Por aqui poucos comentários.

Monday, May 16, 2005

Uns dias.

Isto é o resultado de um cut/paste de mensagens recentes que troquei com o sr. Lima. Considere um registro não autorizado de uma discussão desbocada sobre historinhas em geral e a influência de S.Ditko sobre os novos talentos e, claro, um pouquinho de psicodelia que ninguém é de ferro.

Faz uns dias que mandei um Falanges em que dizia algo assim:

Tentei postar isso aqui originalmente neste blog sem sucesso por causa de problemas técnicos. Quem não tem lido as baboseiras cotidianas que emergem aqui de vez em quando deve ser advertido que um de meus novos brinquedos preferidos é o Essential Doctor Strange e, surpreendente, identifiquei a influência de Steve Ditko na arte de um companheiro de publicação na Manticore #3.

Acompanhado do roteiro lynchiano de Hector Lima, Irapuan Luiz não faz feio ao retratar Teófilo e seu universo escuro, obscuro e quase impenetrável. Com ênfase no preto sobre branco, os recursos narrativos assim como as opções estéticas da história ZUMBINGO (se você preferir pode ler a versão em inglês, ZOMBINGO, agora disponível nas mãos do mesmo mr. Lima através do email hectorlima@gmail.com ) me eram muito familiares. Claro, acompanhei a gestação desta historinha como um membro da família, desde a idéia original até o último tratamento do roteiro, mas em nenhum momento estive pronto pra encontrar a resposta tupiniquim e, evidentemente, modernizada do mestre da esquisitice filosófica nos quadrinhos em sua versão finalizada.

Sou fã de Ditko desde que pus as mãos numa edição fac-símile de seu THE QUESTION e, sempre que posso, corro os sebos procurando por velhas novidades do mestre.

Nessa brincadeira, comprei vários encadernados em papel jornal das primeiras historinhas do Homem-Aranha como desenhadas e planejadas originalmente e, é claro, é uma dose de prazer depois da outra.

Agora fico boquiaberto a cada uma das historinhas do encadernado do "master of black magic" com o poder se síntese (5 a 8 páginas por aventura) e a capacidade de fazer muito com tão pouco.

Vale conferir.

Se você estiver em Santos, não esqueça de checar a Livraria Realejo e a Banca Estátua pra apanhar seu exemplar da manticore #3.

Daí o Hector me escreveu dizendo isso (sim, siga os links que ele dá pra ser apanhado de calças nas mãos com a qualidade do trampo desses gringos loucos):

acho esse Michel Fiffe quase um Ditko moderno:

http://www.livejournal.com/users/zegas/

http://www.zegascomics.com/

na dúvida leia NIGHTCLUB e BROKEN.

Daí repliquei:

Cê tem razão... exceto que o cara tem bastante influência européia e japonesa, além, é claro, dos alternativos, que parece ser onde ele inclusive fincou esforços iniciais. O traço dele é bem mais fluído o que não é ruim mas o distancia do Stevie. Já o Irapuan... até as hachuras que ele usa parecem ter sido emprestadas do véio loco! Mas, olha só, tô dizendo "parecem", que fique claro. Pra mim ele deve ser um cara que trampa muito mais pra por a si mesmo no papel do que que segue algum estilo ou tenta emular o trampo de outros.

E ele, de novo:

isso, mas pera... cê tá falando do Tim ou do Fiffe? =)

ow, sossegado, ele (Irapuan)sabe disso e pediu p/ te agradecer qdo repassei o
Falanges! ainda mais a cara do Teófilo. =)
legal deve ser esse ESSENTIAL do doc stranho, heim?

E eu, mais uma vez:

Do Fiffe. Achei fodido. Tem mais de uma dica no blog de que ele curte o Ditko. Um desenho do Doc Strange e outro do Shade, the changing man. Legal cê ter repassado pra ele.
O essential do Strange é foda. Fico arrepiado de pensar que os caras tavam antenados de um jeito meio torto no zeitgeist do período. Se liga: "master of black magic", véio. E, depois, tem os Ken Kesey da vida que viajavam na maionese com as historinhas del Estraño. Mais engraçado foi que a L*** me pediu pra deixar o video gravando de ontem pra hoje e, adivinha o que era?, THE DOORS, que eu nunca assisti mas comecei a ver hoje e achei uma sincronicidade gozada nisso tudo. Meio como se o zetgeist dos tempos viajandões tivesse se tornado um poltergeist e continuasse mexendo com panelas 'a noite só pra arrepiar os pêlos da nuca dos moradores, saca?

E ele quatriplica ou algo assim (já perdi as contas):

isso! e com parcerias como a do haspiel esse cara jah tah bem encaminhado, hehe.
puta, é foda, meu. lembro q saiu alguma coisa deles pela abril em republicações de material da ebal, se não me engano. algo q tem d ser resgatado volta e meia como referência. não sei se o do JMS tah bom mas sinto falta de atualizarem os conceitos pro tempo atual como o Morrison tem feito nos seven soldiers. aliás, tem baixado eles? po, o strange era o stan lee lisérgico [com o rosto do cara q definiu parte da cara da hq de uma época] e ligado nos seus tempos. uma vez sugeri pro millar - a pedido dele pros leitores - no fórum dele fazer o stranho atual nos ultimate defenders com a cara do alan moore [o cara q definiu outra parte, ;-) ] e ligado nos tempos atuais.
só! foda isso, heim? tem muito a ver sim, o jim m. era um xamã do seu tempo à sua maneira, ou um aprendiz de. é, cara, pra mim isso é mais um sinal da neoneo-psicodelia chegando. agora, cadê aquele cocô de vaca pra gente pegar os cogumelos? =)


E eu, de final, exatamente onde paramos:

Sabe de quem a arte do Fiffe lembra? Bachallo em tempos áureos de Shade. Bachallo e talvez Glyn Dillon. Cara, pra mim tudo que o JMS pôe a mão começa mais ou menos e depois desanda... foi assim com o Arãna e com Supreme Power que teve até plágio descarado do Moore. Não fiquei nem um pouco curioso com a versão dele do Straño porque o cara deve ter jogado toda aquela culturinha televisiva em cima da merda de vaca e sabe-se lá qual o resultado. Os cogumelos com certeza não sobrevivem 'a televisão, 'a radiação dos tubos catódicos.
Dos SS só li o especial. THE WHIP, cara! VIGILANTE. Sei lá. Tem umas cenas em que aparecem uns caras que lembram os Archons dos Invisibles... vou precisar reler, mas sou suspeito pra dizer o que penso do trampo morrisoniano... Outro dia li o tpb do SEAGUY. Que viagem da porra! A jornada do herói em looping! Do caralho! Dá pra atribuir bastante da responsa pelo resultado do material Straño pro Ditko, viu? Acho que a relação dos caras era similar a do Lee com o Kirby. Plot pro desenhista e te vira. Terminava que o desenhista dava várias idéias pro roteiro também, quer dizer, pro texto ou
diálogo... ah, valeu o link pro S.D.Grant da semana.

Friday, May 13, 2005

Humberto Eco fez romance tendo quadrinhos como pano de fundo.

Thursday, May 12, 2005

Dia D, hora H.

Sumiu tudo que me ajudava a definir o modo como o post apareceria, carajo!

Ia escrever qualquer coisa aqui, mas depués dessa esqueci.

Tá, lembrei.

Ih... não, lembrei mesmo. ESCALDADO entrou hoje na fase final de digitação. Depois de estar com o conto inteiro digitado devo dar uma editada pra tirar gorduras e incongruências. Devo levar mais uns meses na tarefa.

Lendo pouco por conta do acréscimo de serviço burocrático no tramp secular. O cúmulo foi outro dia trazer serviço pra casa, mas que se dane. Alguém tem que fazer, e já que me pagam...

Assisti BAD SANTA hoje. Que ducaralho ver um filme bom feito tão inteligentemente e com tamanha eficácia! Recomendado!

Comecei a assistir THE DOORS, o que é uma sincronicidade engraçada com a leitura de DOC STRANGE. Mesmo zeitgeist e tudo mais.

Quase 1 hora e levanto 'as 4:45.

Deu medo, agora.

Saturday, May 07, 2005

De Dostô e outros bichos.

Dostoyevsky ficou mais conhecido por CRIME E CASTIGO e OS IRMÃOS KARAMAZOV do que por dizer que "os momentos que precedem um ataque (epiléptico) fazem valer 'a pena" o dito cujo.
É a sensação que tenho no momento.
De estar muito perto de um "limite" e encontrar nele forças pra mais alguns estertores de graça antes do inevitável. Como se, depois de todo esse tempo, descobrisse a graça de estar vivo mais uma vez, através de artefatos externos a mim, coisas que possuo e não sou. Provável que tenha a ver com a súbita subida de temperatura, claro. O clima me afeta mais e mais a cada dia.
Hoje foi um dia essencialmente bom porque meus ouvidos estavam proficientes em sua função, ou seja, escutei melhor hoje do que no último mês inteiro. E sei que em alguns momentos do mês precisei praticar leitura labial numa velocidade a que não estou acostumado.
Enfim, mesmo os vilões precisam de um dia de bom-moço de quando em vez.
Não que eu seja um deles.
Se fosse, jamais admitiria, claro.
É um dos erros mais comuns das historinhas (a do presente momento estou abolindo a nomenclatura hq deste blog. Foi a última vez que você a viu por aqui, ok?) ter alguém se declarando como vilão, como homem mau... trash.
Por quê?
Simples:
Tome como medida você mesmo (já fiz a experiência e, acredite, funciona). A não ser que seja uma criatura iluminada, já cometeu um ou outro pecadilho, fez uma ou outra maldade. Pros outros você pode muito bem encarnar a figura vilanesca que um terceiro pode lhe parecer...
É parecido com a sensação de ser o protagonista da própria vida e do mundo que te cerca. Nunca pensou nisso, nessa possibilidade? Não te parece estranho ter sempre o mesmo ponto de vista de tudo, ser sempre o fio condutor da narrativa em que se constitui sua existência?
Por isso é importante tentar entender o outro. Tentar saber como é ser outro. Com afinco.
Amplia a gama de modos de enxergar o mundo.
Agora, vou voltar 'a essência, ao clássico, já que o calhamaço com quinhentas e poucas páginas de DOCTOR STRANGE de mestre Ditko me aguarda na escrivaninha.
E ao ataque.

Friday, May 06, 2005

Cositas.

Agora que estamos a sós: que alívio!
Sério mesmo.
É bem mais deprimente do que eu imaginava o processo de escrever num negócio desses. Melhor assim, com apenas um ou dois leitores ainda aparecendo de vez em quando pra conferir os conteúdos que podem (e talvez venham) a aparecer por aqui.
Uma das muitas coisas que aconteceram entre a última vez que postei e agora foi uma virada, não tão súbita, de minhas vontades com relação ao processo de produção textual.
Decidi escrever menos, mesmo.
Como disse anteriormente, não tenho tanto a dizer e só quero dizer o que julgue valer 'a pena. Tempo é imprescindível nesse continuum. O meu e o seu. E, sim, sei que estou sendo repetitivo, mas é por uma boa causa.
Uma das coisas que me fez repensar o processo foi a leitura do libreto SOBRE O OFÍCIO DO ESCRITOR, do Artie Schopenhauer. Como é incrível a parecença entre o momento vivido pelo filósofo e o atual. E como caiu como uma luva o raciocínio de centenas de anos atrás.
Admiro sobremaneira as pessoas que defendem a escritura como uma profissão. É, tem gente que ganha a vida com isso. Mas, tenho um ou dois pontos obscuros a respeito dessa defesa que gostaria de esclarecer (o que provavelmente acontecerá) e só posso lançar, no momento, uma luz mortiça sobre eles.
Como?
Simples.
Pra mim, escrever é orgânico.
Faz parte da pessoa, é indissociável e leva tempo.
Um dos motivos que me fez repensar, também, minha atitude para com a dieta de livros de sempre.
No momento estou lendo a segunda das VIAGENS DE GULLIVER e achando o máximo. Depois disso é bem provável que volte 'as minhas leituras de tempos idos, a estudos interrompidos nos tempos de academia e assim por diante. Porque sinto falta e porque o raciocínio do período era mais completo, abordando e tentando justificar obras lidas em mais de um espectro.
Os clássicos, como dizem por aí, são de essência.
Estou voltando a eles pra talvez retomar meu gosto pelos livros.
Outra coisa digna de nota foi o ensaio aberto regido pelo maestro Roberto Minczuk que assisti na quinta. Sheherazade executada com a energia que desejo pra qualquer coisa que venha a executar no futuro. E que graça descobrir os personagens representados por instrumentos musicais...
O que me leva, mais e mais, a parecer anacrônico, inda pior se se pensar que formulo essas linhas aqui, diretamente no processador do blog, uma mídia digital prum pensamento analógico.

Ex-Machina.

Thursday, May 05, 2005

Última vez.

Sem mais delongas nem decurtas:

http://20ler.blogspot.com

Primeiras linhas digitadas de "ESCALDADO".

Fim.