Friday, May 06, 2005

Cositas.

Agora que estamos a sós: que alívio!
Sério mesmo.
É bem mais deprimente do que eu imaginava o processo de escrever num negócio desses. Melhor assim, com apenas um ou dois leitores ainda aparecendo de vez em quando pra conferir os conteúdos que podem (e talvez venham) a aparecer por aqui.
Uma das muitas coisas que aconteceram entre a última vez que postei e agora foi uma virada, não tão súbita, de minhas vontades com relação ao processo de produção textual.
Decidi escrever menos, mesmo.
Como disse anteriormente, não tenho tanto a dizer e só quero dizer o que julgue valer 'a pena. Tempo é imprescindível nesse continuum. O meu e o seu. E, sim, sei que estou sendo repetitivo, mas é por uma boa causa.
Uma das coisas que me fez repensar o processo foi a leitura do libreto SOBRE O OFÍCIO DO ESCRITOR, do Artie Schopenhauer. Como é incrível a parecença entre o momento vivido pelo filósofo e o atual. E como caiu como uma luva o raciocínio de centenas de anos atrás.
Admiro sobremaneira as pessoas que defendem a escritura como uma profissão. É, tem gente que ganha a vida com isso. Mas, tenho um ou dois pontos obscuros a respeito dessa defesa que gostaria de esclarecer (o que provavelmente acontecerá) e só posso lançar, no momento, uma luz mortiça sobre eles.
Como?
Simples.
Pra mim, escrever é orgânico.
Faz parte da pessoa, é indissociável e leva tempo.
Um dos motivos que me fez repensar, também, minha atitude para com a dieta de livros de sempre.
No momento estou lendo a segunda das VIAGENS DE GULLIVER e achando o máximo. Depois disso é bem provável que volte 'as minhas leituras de tempos idos, a estudos interrompidos nos tempos de academia e assim por diante. Porque sinto falta e porque o raciocínio do período era mais completo, abordando e tentando justificar obras lidas em mais de um espectro.
Os clássicos, como dizem por aí, são de essência.
Estou voltando a eles pra talvez retomar meu gosto pelos livros.
Outra coisa digna de nota foi o ensaio aberto regido pelo maestro Roberto Minczuk que assisti na quinta. Sheherazade executada com a energia que desejo pra qualquer coisa que venha a executar no futuro. E que graça descobrir os personagens representados por instrumentos musicais...
O que me leva, mais e mais, a parecer anacrônico, inda pior se se pensar que formulo essas linhas aqui, diretamente no processador do blog, uma mídia digital prum pensamento analógico.

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