Wednesday, April 20, 2005

FLOR.

Minha vontade está cada vez mais reduzida. Pra mim, vitória pessoal hoje em dia é conseguir trocar a resistência do chuveiro sem me eletrocutar. Vontade e entusiasmo se confundem. Me faltam os dois. Me sobra raiva. Só não tenho pique de tomar nenhuma atitude quanto a isso. Tô tão esvaziado de energia e sem sequer suspeitar de onde pode haver uma fonte qualquer de emergência, só consigo me arrastar e sigo em frente muito a contragosto.

Já disse: elocubrações a meu próprio respeito, a respeito de meu estado físico e mental (sim, leu direito, mental) podem se tornar importantes pra mim de repente e não vou deixar de escrever sobre essas coisas que, de jeito maneira, são menos legítimas do que qualquer outra baboseira ficcional que me dê na telha martelar.

Coloquei essa "flor" aí em cima não sei bem porque. Um impulso, talvez. Queria poder escrever sobre algo agradável, pra variar um pouco. Algo que me tomasse de assalto, me fizesse esquecer de meus problemas sem ter que ingerir álcool. Sim, nem isso posso fazer, já que o antibiótico que ando tomando não combina nem um pouco com bebida recreativa nenhuma. Da última vez que tentei algo assim não consegui ficar em pé por um dia inteiro. Bendita labirintite.

Terminei de ler dois dos livros que estava devorando na última semana. A antologia chinesa perde força depois do início do regime comunista. Uma pena. Ainda assim tá valendo por revelar hábitos e costumes do lugar nesse período. O trabalho de Sacks, posso dizer com certeza, é um trabalho de amor. Dá pra perceber, e ler nas entrelinhas, o quanto o sujeito gosta do que faz.

Esqueci de falar do trailler de SIN CITY que assisti antes de O CLÃ. Acho que ir ao cinema naquele dia já valeu 'a pena por isso.

Agora dá licença que seu Swift tá esperando. Louco e surdo como eu, o velho tem pouca paciência.

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