Tuesday, April 05, 2005

Indie.

Mais de uma vez por ano me pergunto o que faz um gibi ser classificado como "indie". Hoje em dia até as coisas mais superheroísticas do mundo saem sob essa chancela desde que por uma editora pequena. "Indie", aparentemente, tem pouco a ver com conteúdo e tudo a ver com o tamanho da casa publicadora.

Por algum motivo que ignoro o rótulo terminou pegando até pra mim. Não vou nem quero entrar em nenhuma discussão etimológica sobre que porra isso significa, ser "indie", porque não acho que haja espaço pra qualquer tipo de artista de quadrinhos no Brasil porque, muito simples, não há nenhum mercado pra quadrinhos brasileiros.

Exceto pelo Maurício de Sousa, mas o que ele faz também não me interessa nem mesmo como leitor, então por que discuti-lo, certo? Tem lá HOLLY AVENGER, um gibi que descobri na versão remasterizada e que amei de paixão pela arte da Erica Awano, mas sei lá quais eram os números de venda desse material.

Bom, já que sei tão pouco a respeito de tudo, faço melhor calando a boca e pronto.

Se sou "indie" só o sou por não ter editora nenhuma por trás (opa!) de meus projetos. Todos eles são cria minha e, de vez em quando, até consigo encaixar um ou outro, muito modestamente, em iniciativas de caras como o editor da Monalisa, que publica a Manticore.

E olhe lá.

Quem é o roteirista/desenhista mais requisitado do Brasil hoje em dia? No Brasil, claro! Ninguém, porque, sejamos sinceros, do mesmo jeito que todo brasileiro é técnico de futebol, quando se trata de hqs ou qualquer outra área de atuação, sempre temos os especialistas de garagem.

E, não, estou tendo um dia excelente.

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