Tuesday, April 05, 2005

Beg the question.

A última vez que li alguma coisa remotamente parecida com um gibi indie recente (li algumas coisas do sempre bom/sempre mestre R.Crumb e seus parceiros da ZAP ano passado) foi BERLIN, do Jason Lutes, fonte de inspiração pra qualquer coisa mais elaborada em termos de narrativa visual que eu implemente em qualquer roteiro que escreva.

Agora tô lendo, a prestações, o gibi-autobio de Bob Fingerman, BEG THE QUESTION. Cara, se você pudesse ver o preciosismo com que ele trata todo seu trabalho, até mesmo essa verdadeira "novela gráfica", sentiria, como eu, vontade de ser capaz de fazer o mesmo.

Como não sou, mes contento em fazer o que posso.

Evidentemente isso tudo deveria servir de introdução preu falar das novas evoluções de SONHO que, acredite se quiser, tem ocorrido. Hoje mesmo enchi duas laudas com observações a respeito da história e ontem ocorreu um fenômeno parecido. Quando digo que determinadas narrativas dão a impressão de querer se escrever sozinhas estou falando de material como SONHO. Uma vez que me pego pensando a respeito da história a evolução é garantida.

Uma palhinha seria legal mas não quero estragar a surpresa da coisa toda. Apesar de estar considerando essa iniciativa como a minha história pra todos os gostos e tudo mais ela deve ter uma ou outra cabecice porque, sinceramente, não resisto. Acho que é função do autor provocar o leitor e encaro qualquer empreitada no campo ficcional como uma desculpa pra ligar e desligar, fazer um backup e reestartar a máquina, fazer upgrade cerebral de verdade, mudar a percepção que o leitor tem do mundo, sem tirar nem por.

A premissa é a do duplo, mas com uma entortada típica. A premissa é aquela que todo mundo já quis pra si em um ou outro momento de sua vida e continua querendo secretamente, sob os lençóis ou sobre o asfalto.

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