Tuesday, July 05, 2005

Ainda não.

Apesar de estar sempre pensando em mais 9 painéis pra próxima CÁPSULA, admito que não tô satisfeito com os resultados. Pra mim, aliás, essa é a atitude mais lúcida possível e seria incompreensível de meu pdv pensar diferente.
No momento.
Porque não cheguei no que queria. Vou continuar tentando, evidente, destilar o máximo possível no mínimo imaginável. Quero tentar fazer coisas com 3, 2, 1 painel(is), aí sim me aproximando do ideal de síntese que propus uns dias atrás.
A coisa é relativamente simples: fazer um painel síntese de tal modo elaborado que o leitor possa interagir com ele sem se arranhar em aresta nenhuma.
Outro dia tava, novamente, discutindo a diferença entre mcms aqui com ela. Domingão a gente costuma ler o jornal e conversar a respeito de artigos, notícias e que mais. Daí veio 'a tona esse assunto que sempre vem 'a tona onde quer que eu esteja: a prevalência de alguns mcms sobre outros. A tentativa de entender porque alguns têm maior apelo popular que outros.
A articulista falava claramente sobre a diferença de atitude de quem lê (introspectiva) pra quem assiste qualquer coisa na tevê, digamos, novela (expansiva). A diferença é simples demais pra escapar de qualquer um com meio neurônio funcionando e no mais das vezes é essa, exatamente, minha condição mental. Experiência individual versus experiência compartilhada. Há uma troca imediata entre as pessoas que assistem novela que não ocorre com os que lêem um livro (exceto em casos como HARRY POTTER e O CÓDIGO DA VINCI, fenômenos de venda). Pra compartilhar o que se lê há uma demanda maior. Você teria que, no mínimo, entrar em alguma comunidade de discussão na internet pra fazer isso.
Ou escrever num blog.
Eu, por exemplo, tenho uma dificuldade danada de descrever o prazer que me dá estar lendo A MILÉSIMA SEGUNDA NOITE, de Fausto Wolff. Mesmo que me esforce pra descrever o dito sentimento, poucos responderão a ele por conta, até, da inacessibilidade do material (livros são caros) e por se tratar de algo supérfluo.
Por outro lado, se digo que tenho acompanhado determinada novela e a comento, muita gente vai estar fazendo a mesma coisa e ciente do que falo sobre a dita cuja. A comunicação, mesmo por escrito, ocorre com maior fluência.
Sei lá.
Li a mesma coisa outro dia num site que faz campanha pelo projeto pra tevê de GLOBAL FREQUENCY.
Meses atrás, li uma entrevista também reveladora a respeito de mangá dada por Claudio Seto. É um jogo de ligar pontos, só isso.
Me pergunto se me importo em jogá-lo.

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