Sunday, July 03, 2005

Até que enfim, até que enfim...

...aparece a já mencionada mensagem (aliteração) do Léo em que ele entra e acrescenta 'a discussão sobre o Ideaspace. Só estirpei alguns trechos que correspondiam 'a parte pessoal da mensagem que ninguém aqui quer ofender o leitor, porra!
E, começa:
Embora concordemos que certas diversificações e ou antagonismos e pontos de vista diferentes sobre um mesmo assunto podem trazer mais elementos à se pensar, também concordo com a premissa do Ideaspace, sim.

Lógico.

Ou não.

Mas concordo.

Entendo e acredito que, talvez, o que nossa amiga julga ser ficções premonitórias, seja um processo de pesquisa junto a outros visionários mais preparados tecnicamente.

No entanto, nada disso, seria possível se não houvesse 'alguma coisa' flutuando em 'algum lugar' por aí. Mesmo para os idiotas, isso funciona (num grau ínfimo, claro...).

Como ela disse, Verne teria tido, sim, contato com cientistas da época que detinham informações, especulações e idéias acerca daquelas (nossas) possibilidades prático-experimentais.

Mas até mesmo isso não seria possível se não houvesse algo 'insondável' (até se dar o nome de Ideaspace), mesmo na Ciência da época.

Concordo com ela em relação ao desenvolvimento de pesquisa material junto àqueles 'visionários', por parte de Verne. MAS julgo o fato (me corrija, se eu estiver enganado), que ANTES disso tudo houve um 'start', uma faísca que o moveu em direção ao óbvio. Ou nem tanto, à época.

O mais importante, e deixando qualquer e possível romantismo de lado, é que a maneira como ele se propôs a investigar todas as possibilidades e juntar tudo em obras (livres de constatações acadêmicas e obtusas para se desconsiderar as maravilhas maiores em questão) precursoras de feitos históricos, lhe dá o mérito de ser um dos pioneiros no campo-das-idéias.

Essa é uma das facetas sensoriais do que entendo por Ideaspace.

O que a Ciência não consegue até hoje, às vezes, é, por estar limitada tecnologicamente por si mesma e ainda subjugada pelo excessivo sentimento 'iluminista', não lembrando o maior (na minha opinião) dom dela mesma: a especulação.

E isso depende de fatores alheios ‘as diretrizes científicas, pois trata-se de produto 'ficcional', que só reside no fundo-do-córtex-pineal dos visionários.

Sejam eles cientistas ou escritores.

Não é verdade que ambos, antes de consagrarem quaisquer teorias, nada mais fazem que tentar 'explicar' certos atributos não apreciados pela maioria silenciosa, inicialmente por um exaustivo processo de pesquisa e apreciação provenientes do já referido'start', de um insight?

Ideaspace.

Acredito, sobretudo, que o ideal seria se conseguíssemos 'fundir' as duas maneiras de ver de modo a relacionar os processos de maneira que fosse
possível ambas trabalharem por um bem comum sem subestimar um ao outro.

Acho que, dentre outros, Verne chegou bem próximo disso.

Um exemplo: Da Vinci, cansado de esperar puxarem um tapume que ocultava um bloco de marfim (100Kg-500Kg?) toda vez que esculpia (na época, para a Família Médici, em Florença), passou uma noite tentando resolver a questão da 'força-empuxo-alavanca'. Na mesma noite, após comer um pão italiano (duro pra cacete), ele ficou observando as migalhas restantes sobre a rústica mesa e estas formavam uma 'trilha' de pequenos e ínfimo gomos. O que ele queria era criar uma alavanca (força-empuxo) que fosse 'flexível' para se adaptar ‘as imperfeições de qualquer superfície. Ele 'concebeu', então, a idéia da corrente-de-arranque-e-empuxo e, de quebra, aperfeiçoou o conceito de roldana.

Depois disso surgiram em Florença 'elevadores' de contrapeso (que antes era um trabalho feito manualmente por serviçais).Ele ganhou um recinto exclusivo no palácio anexo do Rei por tornar os pórticos principais mais fáceis de serem fechados antes dos possíveis ataques ao castelo, poupando mais guardas para tarefas melhores. Sem falar nos elevadores(do que foi a idéia inicial), no futuro sistema de tração motor (motos, tanques de guerra) e blá, blá, blá...

Isso é ensinado em Engenharia Mecânica, nas Universidades até hoje,segundo Herr Ferdinand Porsche(1900-1951), na época da criação do “carro do povo (Volkswagen), o Fusca.
O 1º carro sem o uso de refrigeração ‘a água, com menos de 1000 marcos imperiais (uma mixaria na época), foi inspirado no processo de concepção-prática de mecânica de Da Vinci.

Uma vez Henry Ford comentou (sobre o fusca) que novas idéias inspiradas em conceitos arcaicos não teriam, sequer sobrevida no mercado moderno.

Qual deles acreditaria em Ideaspace? Talvez nenhum.

Talvez.

Mas, um deles esteve bem próximo e simplesmente fez.

Puta que pariu! Que divagação maçante a minha, héin?

Parei. Já fui mais longe do que meu bom senso permite e sua paciência agüenta...

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