Aconteceu.
No fim, tudo somado e diminuído, o que importa é que dê certo.
Então, continuando meu looping de revisões pessoais e ainda pensando a respeito, com seriedade suficiente, a respeito do que é ser "indie", descobri o segredo do universo.
Simples e, mais que isso, super-simples, ser "indie" é fazer aquilo que se quer sem atender uma demanda comercial qualquer.
Eu, por exemplo, sou bastante "indie" nesse sentido porque a única coisa que quero fazer de verdade é contar histórias que me permitam explorar o potencial da mídia quadrinhos de modo a lhe dar feições de arte. Não vice-versa, nunca vice-versa.
Ou seja, a partir de uma idéia de história interessante procuro uma saída gráfica igualmente interessante pra representar o todo. Tem essa preocupação holística com as hqs que não me deixa, não me abandona e que venho calcando cada vez mais no que escrevo por aqui.
É a história da colaboração, o verdadeiro trabalho de equipe que só vai acontecer se o roteiro for escrito com clareza e o desenhista tiver conhecimento suficiente e necessário para trabalhá-lo. Então, enquanto escrevo tenho em mente que aquilo deve ser traduzido iconicamente, mais ainda, que há uma composição de página e a necessidade de que tudo flua a contento.
Nem mais nem menos.
Acredito que qualquer desenhista seria capaz de desenhar um roteiro meu desde que atendesse aos requisitos mínimos supracitados. Já me aconteceu, infelizmente, trabalhar com pessoas que não correspondiam ao desenhista do "olho da mente" que trabalhava ao meu lado enquanto eu compunha a "planta" da história. Tudo é projetado no estágio do roteiro. Tudo. Palavras e ações que podem vir a ser desenhados meses ou anos depois já estão no papel assim como uma planta de engenharia já descreve uma construção em todos os seus aspectos.
Pra mim, um dos crimes mais comuns, mais recorrentes por aqui é o de atribuir importância 'a esta ou aquela história baseando-se tão somente no desenhista. Se não há roteiro uma história não se sustenta.
Mesmo assim, reitero o que vinha dizendo no começo e direi por pelo menos algum tempo: colaboração é a essência e o segredo. Um com o outro, os dois juntos trabalhando pra que a história funcione.
E, mais uma vez, a coisa do "indie". Dizer que sou "indie" porque faço o que quero é real. Não vivo disso e muito provavelmente não vou sequer chegar perto de me sustentar com quadrinhos. A não ser que a DC compre minha proposta pra VERTIGO, SCREAMING BULLSHIT e comecem a chover convites pra escrever mais e mais títulos mensais. Também tem outro fator interessante: sabe quantas editoras brasileiras estão atrás de projetos de autores brasileiros no momento? Ou quantas editoras brasileiras estão procurando autores brasileiros e oferecendo a eles trabalho em um ou outro título? E não me venha falar de mauricio de Sousa que o que tinha a dizer a respeito dele já disse.
Quantas?
Então, continuando meu looping de revisões pessoais e ainda pensando a respeito, com seriedade suficiente, a respeito do que é ser "indie", descobri o segredo do universo.
Simples e, mais que isso, super-simples, ser "indie" é fazer aquilo que se quer sem atender uma demanda comercial qualquer.
Eu, por exemplo, sou bastante "indie" nesse sentido porque a única coisa que quero fazer de verdade é contar histórias que me permitam explorar o potencial da mídia quadrinhos de modo a lhe dar feições de arte. Não vice-versa, nunca vice-versa.
Ou seja, a partir de uma idéia de história interessante procuro uma saída gráfica igualmente interessante pra representar o todo. Tem essa preocupação holística com as hqs que não me deixa, não me abandona e que venho calcando cada vez mais no que escrevo por aqui.
É a história da colaboração, o verdadeiro trabalho de equipe que só vai acontecer se o roteiro for escrito com clareza e o desenhista tiver conhecimento suficiente e necessário para trabalhá-lo. Então, enquanto escrevo tenho em mente que aquilo deve ser traduzido iconicamente, mais ainda, que há uma composição de página e a necessidade de que tudo flua a contento.
Nem mais nem menos.
Acredito que qualquer desenhista seria capaz de desenhar um roteiro meu desde que atendesse aos requisitos mínimos supracitados. Já me aconteceu, infelizmente, trabalhar com pessoas que não correspondiam ao desenhista do "olho da mente" que trabalhava ao meu lado enquanto eu compunha a "planta" da história. Tudo é projetado no estágio do roteiro. Tudo. Palavras e ações que podem vir a ser desenhados meses ou anos depois já estão no papel assim como uma planta de engenharia já descreve uma construção em todos os seus aspectos.
Pra mim, um dos crimes mais comuns, mais recorrentes por aqui é o de atribuir importância 'a esta ou aquela história baseando-se tão somente no desenhista. Se não há roteiro uma história não se sustenta.
Mesmo assim, reitero o que vinha dizendo no começo e direi por pelo menos algum tempo: colaboração é a essência e o segredo. Um com o outro, os dois juntos trabalhando pra que a história funcione.
E, mais uma vez, a coisa do "indie". Dizer que sou "indie" porque faço o que quero é real. Não vivo disso e muito provavelmente não vou sequer chegar perto de me sustentar com quadrinhos. A não ser que a DC compre minha proposta pra VERTIGO, SCREAMING BULLSHIT e comecem a chover convites pra escrever mais e mais títulos mensais. Também tem outro fator interessante: sabe quantas editoras brasileiras estão atrás de projetos de autores brasileiros no momento? Ou quantas editoras brasileiras estão procurando autores brasileiros e oferecendo a eles trabalho em um ou outro título? E não me venha falar de mauricio de Sousa que o que tinha a dizer a respeito dele já disse.
Quantas?
1 Comments:
Rapaz, vc estáabsolutamente certo. Concordo totalmente. Não só concordo, como vou seguir seu conselho e, de hoje em diante, trabalharei só com o que me interessa pessoalmente. Digo mais sobre isso no e-mail que vou te mandar. Não sei quando, talvez no fim-de-semana, tô sem tempo pra ficar escrevendo muito.
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