Tuesday, June 21, 2005

Vazio.

Acho que nunca gastei tanto tempo lendo sobre gibis a serem lançados como hoje. A parte engraçada disso é que todos pareciam exatamente o mesmo. É a indústria do hype... o jeito que você descreve seu produto vende ou não o danadinho. Mais ou menos como traillers de cinema. Você junta tudo e escreve/descreve o material com entusiasmo, abastecido por grandes doses de Prozac engolido com vodka e pronto!
Só que tem esse detalhe de tudo soar muito igual...
Quanto a isso não tem jeito.
De repente tem a ver com o fato da homogenização de todas as coisas seqüênciais, quem sabe. Quando não estão copiando os benditos supas estão fazendo versão mangá de sabe-se lá o quê. E, olha só, nem tô falando de brasileiro, que trampo de brasileiro mal se vê por aí... quer dizer, em bancas de jornal, que é onde termino comprando meus gibizinhos.
Enfim, lembro de um conto do Papini, "O diabo tentado", em que o narrador propõe ao 'coisa ruim' um modo de trazer o apocalipse 'a Terra mais rapidamente. A solução era tornar todas as coisas iguais, esquecendo o que as diferenciava.
Pra mim tá fácil dizer o motivo do mercado de quadrinhos não fazer mais juz sequer 'a palavra mercado: é tudo igual, pô!
E, como não podia deixar de ser, uma das minhas colaborações pressa mídia apareceu no número mais recente do conceituado fanzine Manicomics: trata-se de BÊBADA, BONITA E ACOMPANHADA, que originalmente era um contículo que adaptei em menos de duas horas pro Antonio Eder desenhar e já saiu no Almanaque Entropya e na coleção de historinhas do Antonio ESPECTROS MICROSCÓPICOS. Legal, né?

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