Nada...
...específico pra falar hoje. Se quiser, vá lendo que as coisas tendem a acontecer quando me aproximo do teclado, independentemente de ter ou não assunto sobre o qual descorrer.
Lendo um pouco sobre hólons que, em tese, são componentes, partes, quero dizer, e todo simultaneamente. Hm, melhor seguir a lição do sr. King e me poupar dos advérbios de modo. Embora pareçam por vezes a saída mais lógica pra dar o tom do verbo tem o mesmo potencial pra travar a prosa. De novo: hólons. E gostei do conceito!
Um átomo, por exemplo, é um hólon pois é completo em si mesmo e ainda assim faz parte de algo maior, uma molécula, por exemplo. Lógico que isso é específico pra física, mas os hólons se estendem pra além dela.
O ser humano, macho e fêmea, é um hólon.
É, decidi, gosto mesmo dessa idéia.
Casa com minha vontade de buscar melhores resultados em qualquer produção ficcional e reverbera a coluna THE BASEMENT TAPES que li ontem em que dois comic writers discutiam o modo como as historinhas vêm sendo diluídas cada vez mais em infinitas páginas, 'as vezes negando quase em definitivo pro leitor a satisfação de ver algo concluído.
Talvez as historinhas também devam funcionar como hólons. Você deveria ser capaz de apanhar um número qualquer de qualquer revistinha seriada e, lendo seu conteúdo de capa 'a capa, conseguir tirar algum entretenimento ou prazer estético com a experiência. É, os criadores de historinhas do filão mais comercial e divulgado, por isso mais visível, vem negligenciando esse aspecto do negócio, essa satisfação do leitor com o produto serializado.
Numa analogia meio esdrúxula, até o viciado em heroína consegue alguma satisfação quando toma uma dose. Os viciados em historinhas deveriam ter pelo menos a mesma satisfação passageira. O ideal, aliás, seria esse: que o leitor sentisse a compulsão de buscar a nova dose de satisfação na banca mais próxima assim que o efeito da atual desaparecesse.
Ao invés disso, os editores estaõ diluindo a droga de tal forma que as doses tem que ser cada vez maiores pra satisfazer as necessidades do leitor. Daí o tpb.
0 Comments:
Post a Comment
<< Home