O formato é o mesmo, maaas...
Tentei mexer no número de painéis, mas ainda não consegui dar jeito. Mas garanto que essa é diferente no tom das demais e marca mesmo uma mudança de ciclo tanto quanto a última do primeiro.
CÁPSULAS
“TERRÍVEL SIMETRIA”
A.Moraes
Painel 1;
Em primeiro plano, presa a uma forquilha (tronco e galho lateral de uma árvore) vemos uma teia de aranha que acaba de apanhar uma mosca bem em seu centro. Em segundo plano vemos, bem pequeno, vindo através da vegetação rasteira, uma pessoa ainda não identificável.
MOSCA: Minhas asas!
Painel 2;
Em primeiro plano, a aranha desce até a mosca rapidamente, em segundo o homem está mais próximo, o suficiente pra sabermos que se trata de um bípede implume.
MOSCA: Por favor! Tem algo errado com minhas asas!
ARANHA: Em primeiro, bom-dia, minha cara!
Painel 3;
Em primeiro plano, a aranha segura a mosca cuidadosamente em suas patas dianteiras enquanto puxa o fio de teia produzido no fim de seu abdômen com as traseiras. Agora, a figura em segundo plano já pode ser identificada como uma fêmea da espécie humana.
ARANHA: Poderia, também, lhe dizer que tenho uma notícia boa e outra má a dar, mas detesto clichês.
MOSCA: O que é um clichê?
Painel 4;
A aranha começa a envolver a mosca com seu fio em primeiro plano. Em segundo, a mulher pára a meio caminho entre o painel 1 e o último, e põe a mão em aba sobre os olhos a fim de conseguir alguma sombra e enxergar mais longe.
ARANHA: Clichê seria se eu dissesse: a boa é que não tem nada errado com suas asas!
MOSCA: Sério?
Painel 5;
A aranha já enrolou a mosca até metade do corpo, mas ainda não envolveu suas asas. A mulher, agora mais perto, continua sendo uma completa estranha, mas usa calças largas, uma camiseta babylook e um lenço amarrado ‘a cabeça.
ARANHA: Sério! Agora, por que você não fica quietinha e observa o rigor do meu trabalho de tecelã enquanto eu termino aqui, hã?
MOSCA: O que uma tecelã faz?
Painel 6;
A aranha faz uma pausa aqui, olhando pra trás, já que a cabeça da mulher se aproxima perigosamente da teia.
ARANHA: Tecidos, ora!
ARANHA: Que raio é...
Painel 7;
A mulher enrosca-se na teia, rompendo-a com a mão. A mosca escapa zunindo e a aranha despenca pro chão.
ARANHA: Minha casaaa!!!
MOSCA: É um milagre! Minhas asas voltaram a funcionar!
MULHER: Merda de teia!
Painel 8;
A mulher, agora de costas pro leitor, afasta-se. A mosca a segue, zumbindo ao seu lado.
MOSCA: Uau! Você é bem grande, né?
MOSCA: Me deixa adivinhar seu nome: Deus, acertei?
Painel 9;
Mesma imagem do anterior, mas mais distante do leitor e com a mulher tangendo a mosca.
MOSCA: Sabe, eu sempre imaginei que você teria asas e mais patas...
MULHER (PENSA): De onde veio essa coisa nojenta?
RECORDATÓRIO: Uma das medidas tomadas nos primeiros dias do SISTEMA foi o banimento do perímetro urbano de animais e insetos considerados perniciosos.
FIM.
“TERRÍVEL SIMETRIA”
A.Moraes
Painel 1;
Em primeiro plano, presa a uma forquilha (tronco e galho lateral de uma árvore) vemos uma teia de aranha que acaba de apanhar uma mosca bem em seu centro. Em segundo plano vemos, bem pequeno, vindo através da vegetação rasteira, uma pessoa ainda não identificável.
MOSCA: Minhas asas!
Painel 2;
Em primeiro plano, a aranha desce até a mosca rapidamente, em segundo o homem está mais próximo, o suficiente pra sabermos que se trata de um bípede implume.
MOSCA: Por favor! Tem algo errado com minhas asas!
ARANHA: Em primeiro, bom-dia, minha cara!
Painel 3;
Em primeiro plano, a aranha segura a mosca cuidadosamente em suas patas dianteiras enquanto puxa o fio de teia produzido no fim de seu abdômen com as traseiras. Agora, a figura em segundo plano já pode ser identificada como uma fêmea da espécie humana.
ARANHA: Poderia, também, lhe dizer que tenho uma notícia boa e outra má a dar, mas detesto clichês.
MOSCA: O que é um clichê?
Painel 4;
A aranha começa a envolver a mosca com seu fio em primeiro plano. Em segundo, a mulher pára a meio caminho entre o painel 1 e o último, e põe a mão em aba sobre os olhos a fim de conseguir alguma sombra e enxergar mais longe.
ARANHA: Clichê seria se eu dissesse: a boa é que não tem nada errado com suas asas!
MOSCA: Sério?
Painel 5;
A aranha já enrolou a mosca até metade do corpo, mas ainda não envolveu suas asas. A mulher, agora mais perto, continua sendo uma completa estranha, mas usa calças largas, uma camiseta babylook e um lenço amarrado ‘a cabeça.
ARANHA: Sério! Agora, por que você não fica quietinha e observa o rigor do meu trabalho de tecelã enquanto eu termino aqui, hã?
MOSCA: O que uma tecelã faz?
Painel 6;
A aranha faz uma pausa aqui, olhando pra trás, já que a cabeça da mulher se aproxima perigosamente da teia.
ARANHA: Tecidos, ora!
ARANHA: Que raio é...
Painel 7;
A mulher enrosca-se na teia, rompendo-a com a mão. A mosca escapa zunindo e a aranha despenca pro chão.
ARANHA: Minha casaaa!!!
MOSCA: É um milagre! Minhas asas voltaram a funcionar!
MULHER: Merda de teia!
Painel 8;
A mulher, agora de costas pro leitor, afasta-se. A mosca a segue, zumbindo ao seu lado.
MOSCA: Uau! Você é bem grande, né?
MOSCA: Me deixa adivinhar seu nome: Deus, acertei?
Painel 9;
Mesma imagem do anterior, mas mais distante do leitor e com a mulher tangendo a mosca.
MOSCA: Sabe, eu sempre imaginei que você teria asas e mais patas...
MULHER (PENSA): De onde veio essa coisa nojenta?
RECORDATÓRIO: Uma das medidas tomadas nos primeiros dias do SISTEMA foi o banimento do perímetro urbano de animais e insetos considerados perniciosos.
FIM.
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