Lingüiça.
Sem enrolação: estou tentando pensar em algo a dizer, algo que valha 'a pena ser dito e em como fazê-lo de modo coerente, já que hoje tô com problemas pra manter minha concentração e, em conseqüência, o fluxo de idéias a uma velocidade razoável o bastante pra me manter interessado.
Primeiro: vá dar uma lida em OFF BITTER SOULS #1, de GRÁTIS! Se não houver nenhum motivo além de se tratar de material gratuito, lembre-se que o desenhista é Norm Breyfogle, competentíssimo, como sempre.
Queria poder dar seqüência a outras idéias trazidas em dias diversos, mas tenho meu cronograma de leitura diária atrasado... ainda preciso ler um capítulo, pelo menos, de 3 livros diferentes, dois dos quais são pesquisa, pura e simples.
Pesquisa: é sempre legal ter o que aprender e sempre deve haver coisas novas a serem aprendidas, de outro modo, minha vida seria um tédio (ennui) sem fim. Ah, sei que já disseram que o tédio é material tão bom quanto qualquer outro pra produção literária, já li textos descrevendo o vazio e tudo mais, mas não é minha praia.
Mesmo.
O que me faz voltar 'aqueles momentos peculiares em que me pego entre o estágio de vigília e o sono... nem a inconsciência nem a consciência em sua plenitude, só o ponto de transição entre elas.
Noutro dia, estando nessa área intermediária, vi um muro no qual se encontrava uma poesia em dois quartetos... lembro que acordei o suficiente pra lembrar do primeiro verso de um deles, mas isso durou só alguns minutos, já que, a seguir, caí em sono profundo.
O que me faz lembrar de Coleridge e sua poesia onírica, particularmente, KUBLAI KHAN. Segundo a narrativa do próprio poeta, ele teria sonhado o texto inteiro, mas foi acordado bruscamente e só trouxe de volta 56 versos, o que é melhor que nada.
O que me faz lembrar da premissa de SONHO DE UMA ESTAÇÃO, em que um pintor sonha recorrentemente com a mesma tela todos os dias e objetiva, como uma solução mágica pra seus problemas, reproduzir a tela dos sonhos fisicamente.
Em sua cabeça, se conseguir trazer esse fragmento de sonho pra realidade, tudo se tornará possível. Mas ainda não fui muito longe com essa idéia que deve tomar proporções de um conto, uma história mediana de, no mínimo, 12 páginas.
Claro que tem tudo a ver com O LIVRO DOS SONHOS, de Borges, e um dos trechos coligidos por ele, de Papini, é a semente inicial da narrativa. Aliás, é outro material inesgotável, que sempre gera novas idéias, dependendo de como eu o observe. DOPPELGÄNGER foi gerado exclusivamente a partir de A ÚLTIMA VISITA DO CAVALEIRO ENFERMO.
Quero, dentro dos próximos dias, estar de posse também de um livro que preciso reler: O HOMEM QUE FOI QUINTA-FEIRA. Lembro mais ou menos do enredo, uma sui generis história de detetive, mas quero mais que isso, preciso de mais que isso pra próxima escala da viagem.
E, claro, GOOD NIGHT AND GOOD LUCK.
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