Caranguejo com chocolate.
É o que digo em sala de aula quando quero chamar 'atenção pruma discrepância muito grande entre estilos de época diferentes.
A molecada faz careas de nojo, mas a verdade é que ninguém experimentou caranguejo com chocolate... pelo menos não os dois juntos.
Coloquei este título no registro de hoje porque estive conversando com o Léo a respeito das agonias prementes de quem tateia no escuro e, claro, concluimos que o ideal é tentar manter as coisas diferenciadas mas, ainda assim, encarando-as como se todas fossem facetas diferentes do mesmo objeto.
Daí meu retorno ao tema política. Retorno insistente. Tá certo que já disse praticamente tudo que sei, mas não o suficiente, o número suficiente de vezes pra me satisfazer.
Longe disso.
Um dos textos que me fizeram mal durante a pesquisa de O GRANDE JOGO foi OS NOVOS SENHORES DO MUNDO, de John Pilger. O livro é fantástico e altamente aconselhável por tratar de modo objetivo a questão de quem manda em quem e desde quando.
Saber que os representantes, mesmo os eleitos por voto popular, não passam de testas-de-ferro pros economicamente favorecidos deixou de ser um saco faz tempo. Já é INSUPORTÁVEL. Pior do que isso é saber que regimes políticos que tendiam a beneficiar o povo e investir na economia interna sem apelar pro Banco Mundial foram derrubados com apoio dos grandes oligarcas e substituídos rapidamente por pessoas de confiança dos mesmos. Além disso, a narrativa de como os caras decidiram quem ficaria com o quê num país de terceiro mundo que acabara de passar pelo processo de golpe e posterior instituição de regime fantoche é pra lá de chocante.
Michael Moore teria muita coisa pra aprender com Pilger.
E, enquanto escrevo aqui, estou falando ao vivo com o Léo usando o Google talk. Pensando seriamente em fazer uso dessa tecnologia pra produzir um texto pra cá com diálogos impertinentes entre nós dois.
E, antes que esqueça, dê uma olhada em qualquer coisa escrita pelo José Arbex. Outro cara responsável que sabe bastante a respeito de narcotráfico, jogos de poder e demais anomalias sociais pelas quais passamos desnecessariamente.
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