Tuesday, September 06, 2005

SE COADUNAM.

Li um pouquinho de cada coisa hoje. A GRANDE CAÇADA AOS TUBARÕES, do Raoul Duke, tem sido a parada mais dura. Já tinha abandonado a leitura uma vez e agora me pergunto com expressão séria, olhando no espelho, afinal, que graça tem isso? Mas tô avançando. Mais umas 100 páginas e termino. Como diria o autor, "horrível, horrível!"
A grata surpresa foi começara ler VIC AND BLOOD, sobre um garoto de 14 anos e seu cão telepático num futuro pós-apocalíptico assombrado por zumbis radioativos e gangues de adolescentes em busca de bebida e mulheres. Cortesia de Harlan Ellison. Ah, e no livro tem a adaptação do texto pros quadrinhos feita por ninguém menos que Richard Corben.
Curiosamente, o capitulo que li hoje de A SENSAÇÃO DE ESTAR SENDO OBSERVADO falava, em sua maior parte, da relação telepática entre animais domésticos e seus donos.
Quando disse que se coadunam é porque é assim mesmo.
Um desavisado pode pensar que é loucura, mas quem já testemunhou esse tipo de bizarrice duvida uma ou duas vezes antes de duvidar... é, eu sei.
No front da política, que é o que tinha ficado programado pra hoje, a discussão do dia girou em torno do 'mensalinho' do Severino Cavalcante que, por uma coincidência bizarra, tem um sósia professor de matemática que, mais bizarramente ainda, trabalha comigo!!!
Fico me perguntando se o cara seria tosco a esse ponto, de aceitar propina pra garantir que um restaurante tenha preferência sobre servir refeições pra parlamentares. Depois penso em todas as tosqueiras que vejo diariamente e concluo que é mais possível que impossível.
O que é uma pena, já que o sósia dele é gente boa.
Corrupção é foda, né não?
O Lobo disse um negócio legal em MILÉSIMA SEGUNDA NOITE: o Brasil não tem desastre natural porque já tem os políticos que tem. Não é meigo?
Já comparei Wolff com o Duke e hoje me arrependo disso. Por quê? Tá é simples: por mais que tenha gostado de alguns livros do velho drogado, tenho que admitir que a essa altura tá faltando substância no material pra que eu possa apreciá-lo. Evolução como leitor. Me acontece o tempo todo. Wolff, ao contrário, tem se mostrado não só bom escritor como homem culto, o que precisa ser respeitado.
Pra fechar, li um tequinho, pequeno mesmo, da entrevista gigante HITCHCOCK/TRUFFAUT. Que delícia! Pena que a gente não tem mais livros assim. O velho Hitch falando a respeito de seu primeiro filme como diretor é hilária. As preocupações dele com dinheiro, trens e o fato de não saber nada sobre a biologia cíclica feminina aos 23 anos... só no começo do século XX, mesmo.

0 Comments:

Post a Comment

<< Home